Assessoria de Imprensa
24/10/2001

PAULO PONTES SERÁ O HOMENAGEADO DO VIII FENART

A Comissão Organizadora do Fenart (Festival Nacional de Arte) já definiu o período e homenageado-mor do próximo evento. Será de 24 de maio a 1º de junho de 2002 e manterá a tradição dos últimos anos, ao colocar em evidência a obra de mais um paraibano ilustre. Desta vez, as atenções se voltarão para o teatrólogo Paulo Pontes.

Semana passada, a primeira atração agendada para a oitava versão do Fenart já foi confirmada. Trata-se do artista baiano Elomar que apresentará seu talento ao lado da Orquestra Sinfônica da Paraíba, conforme convite formalizado pelo presidente da Funesc, Damião Ramos Cavalcanti, bem como o também baiano Xangai.

Evento realizado pelo Governo do Estado, através da Fundação Espaço Cultural da Paraíba, o Fenart é o maior evento cultural da Paraíba, por reunir durante nove dias as manifestações artísticas de todas as áreas. Teatro, dança, música, cinema, literatura, artes plásticas, fotografia, vídeo, tudo isso junto formando um verdadeiro caleidoscópio cultural, oferecendo as mais variadas opções de gêneros de lazer e cultura, do erudito ao popular, para os participantes.

Professor Damião Cavalcanti disse que esta considerável antecedência, na definição do período do mega-evento, favorecerá inclusive os organizadores de outros eventos semelhantes, como festivais, mostras. Isso porque, segundo sua observação, o Fenart é sempre uma referência para se agendar realizações similares.

Damião destacou que foram analisados diversos aspectos para decidir o período do Fenart. Um deles é que contribuirá para contemplar o turismo na capital, visto que iniciará numa sexta-feira e prosseguirá na semana que coincidirá com o feriado de Corpus Christi, o que significa que dos nove dias de duração se terá apenas quatro dias úteis.
 

Perfil de Paulo Pontes

Nascido em Campina Grande, dia 8 de novembro de 1940, Paulo Pontes teve uma morte prematura – faleceu no final da década de 70, no Rio de Janeiro, antes dos trinta anos – mas deixou uma importante obra teatral. Sua principal peça Gota d’Água tornou-se conhecida não só no Brasil, mas também no exterior.

Paulo Pontes iniciou sua carreira como jornalista e locutor, mas tornou-se sobretudo um destacado cenógrafo e músico, dirigindo uma série de sucessos, quer sozinho ou em parceria com sua mulher, a atriz Bibi Ferreira, e o compositor Chico Buarque de Holanda.

Professor Damião ressaltou que o Espaço Cultural já presta uma permanente homenagem àquele ilustre filho da Terra, através do Teatro Paulo Pontes,  no entanto a Comissão Organizadora do Fenart considerou um nome adequado para seguir a tradição dos últimos eventos. É que a partir do quinto Fenart decidiu-se realçar paraibanos renomados por cada área artística, cuja iniciativa foi  inaugurada pela música, com Jackson do Pandeiro. O sexto foi a vez das artes plásticas, através de Pedro Américo; o sétimo a literatura, com José Lins do Rego e   agora chegou a vez do teatro, com Paulo Pontes.
 

A repercussão das homenagens

A iniciativa de se realçar o nome de um paraibano ilustre em cada Fenart repercute positivamente, não só na ampliação das homenagens, mas sobretudo no interesse das escolas em aproveitar o gancho para aprofundar o conhecimento dos alunos sobre os valores da Terra. Assim observa professor Damião, acrescentando que os educandários participam ativamente, ministrando conteúdo programático sobre os homenageados, além de organizar gincanas e outras formas de aprendizagem.

A Funesc promove, paralelamente, concursos de literatura e artes plásticas, incentiva publicações de obras. Um exemplo citado pelo professor Damião é que durante o 5º Fenart, em que Jackson do Pandeiro foi homenageado, os jornalistas Fernando Moura e Antônio Vicente confeccionaram uma plaquete sobre aquele artista, com o apoio da Funesc, assim como se aumentou o nível de interesse em propagar a discografia de Jackson, em diversos segmentos.

Em todos estes Fenart’s, os familiares dos homenageados acompanham de perto a programação. Assim o foi, principalmente, com Jackson do Pandeiro, José Lins do Rego, esperando-se repetir o prestígio com Paulo Pontes. Outro aspecto é que as terras natais destes renomados paraibanos entram no clima e dão prosseguimento às homenagens e ao estudo nas escolas.

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